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Pelo acesso universal e gratuito às vacinas! A OMC precisa mudar de rumo se quisermos combater a COVID. Debate organizado pelo Diálogo Global em cooperação com a Tapeçaria Global de Alternativas.

Jorge Bermudez participará do Debate organizado pelo Diálogo Global em cooperação com a Tapeçaria Global de Alternativas, que acontecerá no dia 2 de março de 2021 (só tradução em francês, inglês e espanhol)

Horário: 14h Brasília, 16h Praia, 17h Lisboa, 18h Luanda, 19h Maputo

Inscrição : https://globaldialogue.online/pt-participar/pelo-acesso-universal-e-grat...

De acordo com a Organização Mundial do Comércio (OMC), mais de 10% da população mundial já foi contagiado pela COVID-19, e 2,4 milhões já faleceram. Agora que as vacinas são oferecidas no "mercado", podemos ter esperança? Mais de 90% das vacinas já foram absorvidas pela América do Norte, Europa Ocidental, Japão e Austrália. Mesmo nestas regiões, comunidades pobres, migrantes, minorias são deixadas de fora. Em todo o mundo, os estados dependem de suas capacidades para comprar e estocar os produtos de alto valor da grande indústria farmacêutica. Um dos mais importantes fornecedores gigantes, a Pfizer, espera uma receita de mais de 15 bilhões de dólares em 2021. O custo desta "abordagem de mercado" da crise da COVID é enorme. Uma das principais revistas médicas, The Lancet, declarou que "novas vacinas pouco significarão para os indivíduos em todo o mundo se eles não forem vacinados em tempo hábil". 
 
Uma saída óbvia e relativa seria liberar as patentes e permitir que países como Índia, Brasil, África do Sul e outros, produzissem maciçamente equivalentes genéricos. As grandes farmacêuticas se opõem fortemente ao que elas perceberam como uma violação de seus "direitos de propriedade intelectual". As multinacionais são apoiadas pelos Estados Unidos e pela União Europeia, seguindo as "regras" impostas ao comércio mundial, incluindo o Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (TRIPS), administrado pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Mesmo antes da pandemia, o TRIPS vinha sendo criticado por muitos que observaram os danos os quais ele inflige a muitos países.

A discussão será presidida por Edgardo Lander (Venezuela) e contará com as seguintes contribuições:

Fatima Hassan (Health Justice Initiative in South Africa)

Vittorio Agnoletto (Right 2 Care - Sem lucro da campanha europeia pandêmica) 

Amir Khadir (médico especialista em doenças infecciosas e ex-membro da assembléia nacional do Quebec em representação do Quebec Solidaire)

Jorge Antonio Zepeda Bermudez (pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), atuante na campanha da sociedade civil brasileira pela dispensa do TRIPS para vacinas).

Leena Menghaney (Access Campaign India, ativista na ampla mobilização por uma isenção do TRIPS para vacinas.

Pelo acesso universal e gratuito às vacinas!