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Entendendo a dependência nacional de medicamentos importados

Publicada em 24 de fevereiro de 2021. Fonte: Revista Questão de Ciência

Além de causar cerca de 2,5 milhões de mortes e do caos social e econômico que espalhou pelo mundo, a pandemia de COVID-19 escancarou uma situação que poucos brasileiros conheciam: a dependência que o país tem da importação de insumos para fabricação de medicamentos e vacinas. No geral, o país compra fora 95% do que necessita em termos de medicamentos, e 100% para os imunizantes contra o novo coronavírus. Mas nem sempre foi assim. Na metade dos anos 1980, a produção nacional atendia 55% da demanda interna.

A história da indústria farmacêutica no Brasil é antiga. Assim como em outros países, até o fim do século 19, vivia da manipulação de produtos naturais em boticas.

“No final do século 19, foi estabelecida uma articulação maior entre a pesquisa, a produção e estratégias de mercado para os produtos”, conta o médico Jorge Bermudez, chefe do Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “A Segunda Guerra Mundial trouxe uma expansão internacional de empresas transnacionais e até uma associação com nacionais, mas nitidamente levando a um processo de desnacionalização no Brasil”. Leia mais aqui.