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Alice Portugal, Jorge Bermudez e Ronald dos Santos: Acesso a medicamentos, direito humano fundamental
Publicada em 16 de janeiro de 2022.
Por Alice Portugal, Jorge Bermudez e Ronald Ferreira dos Santos
Dentre as lições amargas aprendidas com a pandemia podemos destacar a distância entre as falsas promessas de solidariedade que ecoaram pelo mundo e a triste realidade da disputa comercial nas tecnologias, medicamentos e vacinas que excluem contingentes enormes da população mundial do acesso a medicamentos essenciais.
Quase 6 milhões de pessoas morreram no mundo, mais de 620 mil no Brasil (dados de 14/01/2022, Our World in Data), muitas delas mortes evitáveis.
Famílias enlutadas, desemprego, subemprego e pobreza disparando diante da volúpia da indústria farmacêutica impondo seus monopólios e preços elevados.
Uma indústria que não conhece recessão e enriquece seus acionistas e executivos com a miséria dos outros e com a morte; em muitos países se somando à incapacidade ou ao negacionismo das autoridades governamentais.
Documento recente estima que, enquanto o mundo se encontra desprotegido e menos de 2% de doses de vacinas têm sido direcionadas a países de baixa renda por Pfizer, Moderna e BioNTech, estas três companhias obtiveram um lucro de cerca de US$ 34 bilhões em 2021, o equivalente a 65.000 dólares a cada minuto.
Não é por acaso que as empresas farmacêuticas têm recusado as solicitações da OMS para transferência de tecnologia e assim viabilizar a expansão da produção mundial de vacinas contra a Covid-19. Leia na íntegra, aqui.